AMOR DE DEUS, DEUS DE AMOR
É bom termos amigos...os amigos nos entendem, sem precisarmos falar muito,
“um pingo é letra”, as vezes o amigo só de olhar sabe-se tudo que nos aflige.
O amigo nos apóia quando nos sentimos fracos,
nos ouve quando necessitamos, quem tem amigos nunca se sente sozinho.
Tenho amigos e vejo Deus nos amigos.
E também há coisas, que ao olharmos e contemplarmos,
vemos Deus de forma tão palpável, tão real!
Vou lhe falar sobre um amigo, não um amigo humano, mas muito especial:
Quando estou só, e a tarde cai devagarzinho, atrás das montanhas,
eu olho pra você e te vejo tão só, tão distante!
E fico a olha-lo até sumir completamente.
Todo dia vem naquele mesmo lugar, naquele mesmo instante.
Não diz nada, é simplesmente lindo, calmo,
que as vezes passa tão despercebido!
Mas não reclamas, e vais embora, meu amigo que nos dias tristes me consola.
É de você que estou falando meu bonito amigo pôr-do-sol.
(Dentre tantos que escrevi, este sobre o pôr-do-sol escrevi em 24/06/85)
E especialmente onde moro hoje, Outubro/2003, bairro Caiçara, alto do Caiçara,tem um pôr-do-sol maravilhoso!
Que faz jus a esta cidade se chamar Belo Horizonte.
“Não há quem mereça o esforço da luta por uma conquista senão a alegria e o amor dos amigos.”
“A amizade multiplica as alegrias e divide as tristezas.”
“A amizade é o perfume da vida, a flor que Deus colocou entre os espinhos que nos fere.”
“A vida é feita de alegrias e tristezas sorrisos e lágrimas,
então chore para aprender a sorrir, e sorria sem esquecer que chorou,
pois a vida é sempre bela para quem conserva um sorriso nos lábios e um amor no coração”.
“A vida tem a cor que você pinta”.
“Em vez da monótona labuta, temos uma razão para viver!...
devemos ultrapassar as nossas limitações progressivas e pacientemente voar através das rochas...somos inteligentes e hábeis, podemos ser livres!
Podemos voar...” (Richard Bach)
Ultrapassar limites, como um corredor das Olimpíadas,
a ginástica olímpica, o nado sincronizado, tocar bem um instrumento,
as descobertas da medicina para a cura de uma enfermidade, as invenções...
Isto é ultrapassar, as nossas próprias limitações, Deus nos capacita.
Estes pensamentos acima, são do meu tempo de Colégio.
“amar é compartilhar o que se sabe com quem quer aprender...
amar é saber compartilhar...” (Leo Buscáglia em “O Amor”)
Eu acho a flor o mais singelo dentre todos os vegetais,
principalmente as rosas,quanta beleza e ternura há em uma rosa,
suas pétalas se encaixam formando algo tão belo que fez o Criador!
O profeta Isaias assim escreveu em Is 35:1-2:
“O deserto e a terra se alegrarão;
o ermo exultará e florescerá....
florescerá abundantemente, jubilará de alegria...”
Neste texto imagino um deserto, lugar de sequidão,
e o ermo se alegrando, um lugar isolado despovoado,
e ambos florescendo, lindas flores crescendo no ermo e no deserto.
Assim é nossa vida, as vezes, nos vemos num deserto, num ermo,
de repente alguém joga uma sementinha neste deserto da nossa vida,
outro vem e rega esta sementinha,
quando menos se espera, nascem flores, lindas flores.
Um jardim, onde o jardineiro é o próprio Senhor, que rega,
tira as ervas daninhas, que nos envia sol e chuva no tempo devido,
nos faz florescer e ainda dar frutos.
Uma vez, ganhei um livro de presente:
Foi no ano de 1990, quando eu trabalhava em uma empresa de Construção Civil, bem em meio a obra de construção de um túnel: “Túnel Marembá”.
Este livro fala sobre a rosa, há nele uma história que quero lhe contar:
É a história da flor e do espinho.
“Era uma vez, pé de maracujá que se emaranhou por entre o pé de limão,
e o maior dos espinhos perguntou à flor:
“ó flor não vês tantos insetos maus, daninhos que te levam o mel, pólen e ferem teus tecidos e matizes?
Ficas aí sem nenhum queixume deixando o vento carregar seu perfume? Enquanto é tempo fecha sus pétalas lustrosas, guarda tudo só para ti...
declara guerra às abelhas, que comem sem pagar à sua mesa,
tu vives sendo depredada e não cansas?
Se queres eu te empresto a minha ponta: longos espinhos para usares como lanças”. A flor porém sorri, balançando a corola à cadência do vento e numa onda de perfume...diz ao espinho ...“Tu não conheces o destino de uma flor? Não nasci para o ódio eu nasci para o amor,guerra, queixa, agressão...que sugestão é esta. Ser flor é ter pétalas em festa, a todos os bichinhos da floresta..não me fales de lanças nem espadas,
já viste alguma flor em algum campo de batalha?”
Um dia as pétalas caíram e ei-la despojada!
O espinho então comentou com ironia:
“Eis a que fim chegou a pobre obstinada:
deu tudo que possuía e no fim morreu sem nada.”
... Meses mais tarde, foi-se ver, descobriu-se então,
que na mesma rama onde a flor estivera,
bem ao lado daquele espinho,
havia agora um fruto em forma de coração!”
(Nome do livro: “Uma Rosa me Disse” de Heber Salvador de Lima)
Quero aqui comparar o ser humano à rosa,
e dizer que nós, sendo filho de Deus que é amor,
não nascemos para o ódio se sim para o amor!
Esta grande obra que Deus tem realizado em nossos dias é movida pelo amor.
“ ...E acreditam nas flores vencendo o canhão...”
(Geraldo Vandré – este homem sofreu coisas terríveis na época da ditadura brasileira, sofreu uma lavagem cerebral por compor uma canção que feria certas camadas “poderosas”.)
Uma vez li também, algo muito lindo
quero aqui escrever, isto se identifica muito comigo.
É só ler
“Passei tanto tempo Te procurando, não sabia onde estavas, olhando para o infinito não Te via e pensava comigo mesmo:
_Será que Tu existe?
Não me contentava e na busca progressiva,
tentava Te encontrar nas religiões e nos templos.
Tu também não estavas.
Busquei-Te através de sacerdotes e pastores.
Também não te encontrei.
Senti-me vazio e desesperado e descri.
E na descrença Te ofendi, e na defesa tropecei.
No tropeço caí. E na queda senti-me fraco.
Na fraqueza procurei socorro.
No socorro encontrei amigos.
Nos amigos encontrei carinho.
No carinho encontrei amor.
No amor eu vi um novo mundo.
E no mundo novo resolvi viver.
O que recebi resolvi doar.
Doando alguma coisa, muito recebi.
E recebendo senti-me feliz.
E ao ser feliz encontrei a paz.
E tendo paz foi que enxerguei que era dentro de mim é que Tu estavas.
E sem procurar-Te foi que Te encontrei.”
Assim encontrei o Senhor e desde então,
Ele tem sido meu escudo, minha proteção,
meu doce refúgio em tempos difíceis.
Em minha cidade, Caeté, há um jornal semanal chamado “Opinião”
muitas pessoas esperam ansiosas o dia da semana em que é entregue,
para ler as notícias e acontecimentos da cidade.
Dentre tantas coisas,eles sempre colocam mensagens.
Duas dentre elas eu extraí,
e aqui escrevi,pois, tocaram muito meu coração,
me abençoaram, quero que lhe abençoe também:
“A caixinha de beijos
Há certo tempo atrás um homem castigou sua filhinha de três anos por ter desperdiçado um rolo de papel de presente dourado.
O dinheiro andava escasso naqueles dias, razão pela qual o homem ficou furioso ao ver a menina envolvendo uma caixinha com todo aquele papel dourado, era o presente de Natal do seu pai.
Apesar de tudo, na manhã seguinte, a menina levou o presente ao seu pai e disse:
- Isto é para você paizinho!
Ele sentiu envergonhado por sua furiosa reação, mas voltou a explodir quando viu que a caixa estava vazia.
Gritou dizendo:
- Você não sabe que quando se dá um presente a alguém, a gente coloca alguma coisa dentro da caixa?
A pequena menina olhou para cima com lágrimas nos olhos e disse:
- Oh, paizinho, não está vazia, eu soprei beijos dentro da caixa,
todos para você papai.
O pai quase morreu de vergonha. Abraçou a menina e suplicou que ela o perdoasse.
Dizem que o homem guardou o embrulho dourado ao lado de sua cama por anos e sempre que se sentia triste, chateado, deprimido, ele tomava da caixa um beijo imaginário e recordava o amor que sua filha havia posto ali.
De uma forma simples, mas sensível, cada um de nós humanos temos recebido uma caixinha dourada cheia de amor incondicional e beijos de nossos pais, filhos, irmãos e amigos.
Ninguém poderia ter uma propriedade mais bonita que esta.
Tome sua caixinha recheie com o que você quiser e entregue a quem você ama”.
O vestido azul
(Vou escrever com minhas próprias palavras,pois não encontrei o jornal correspondente)
“Havia uma menina muito bonitinha e inteligente que morava em um bairro muito pobre, naquele bairro não havia água encanada, nem luz elétrica, nem rede de esgoto, nem calçamento nas ruas.
Um dia um professor começou a prestar atenção naquela menina tão bonitinha com roupas em trapos e resolveu lhe dar um lindo vestido azul.
E a menina vestiu aquele lindo vestido e seu pai ao ver sua filha tão linda,
pensou: uma menina com um vestido tão bonito morando em uma casa tão
feia, resolveu, então pintar a casa, arrumou o jardim, etc.
Os vizinho ao verem aquela casa tão linda pensaram:
vamos pintar nossas casas também.
E naquela rua todas as casas eram pintadas e com um lindo jardim.
As demais pessoas do bairro, ao verem aquela rua com casas tão bem cuidadas, resolveram fazer o mesmo.
Um homem que por ali passava, ao ver um bairro tão bonito,
resolveu ir ao prefeito da cidade e conseguiu que se instalasse ali rede de água, esgoto e luz elétrica e as ruas foram pavimentadas.
Tudo começou com um lindo vestido azul.”
Podemos extrair duas preciosas lições:
- As grandes coisas começam com as pequenas e simples coisas da vida.
- Pobreza não é sinônimo de relaxamento, pode ser pobre e ser asseado,
ter uma casa limpa, bem cuidada, com lindas flores e frutos.
Vou lhes contar uma coisa:
Em casa de meus pais,
nunca tivemos carro e telefone, só uns anos mais tarde.
As vezes eu queria que tivesse carro para não ficar dependendo de terceiros.
E telefone para não incomodar os vizinhos.
Mas sabe de uma coisa, recebemos de nossos pais, algo muito, muito,
mais precioso, recebemos amor, algo tão precioso que não tenho palavras.
Nenhum telefone, carros mais luxuosos que fossem,
não, não trocaria nada neste mundo pelo bem que deles eu recebi.
Era tudo tão simples, tão bom, nunca nos faltava a prosperidade,
que é ausência de necessidade.
Sabe, que até hoje depois de casada meu pai quando vem a minha casa,
traz chocolate para mim, como fazia quando eu era ainda criança!
Biscoitos de waffer, e as guloseimas que minha mãe fazia, doces, biscoitos...
São detalhes, são atos, que nunca nos esquecemos.
Eu pergunto que poderá comprar o carinho, a sinceridade?
A dedicação, a demonstração de amor?
É assim, em nossas vidas, as bênçãos do nosso Senhor.
E como amar é compartilhar...
aqui compartilhei com vocês o que recebi durante estes trinta e dois anos.
E se algo foi válido, compartilhe também, com quem necessita. Compartilhando, sentimo-nos felizes e encontramos o amor e a doce paz!
Com amor,
Angela.
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